terça-feira, 20 de setembro de 2011

GRÉCIA - PARTE 2


-       O Período arcaico

Entre 800 a.C. e 500 a.C. iniciou-se o processo de urbanização da Grécia. Algumas fronteiras começaram a ser fixadas, o que favoreceu a delimitação do território das cidades-Estado. As cidades tinham uma organização política e social própria e independente e variavam também de população e tamanho.
Os habitantes dessas comunidades autônomas falavam a mesma língua e tinham a mesma religião, o que criou entre elas um forte sentimento de indentidade. Eles se autodenominavam helenos, em oposição aos povos que chamavam de bárbaros. Para os gregos, os bárbaros eram os estrangeiros.

-       A mitologia grega

Além da língua, os gregos também tinham crenças religiosas comuns. Eram politeístas e recorriam a oráculos para adivinhar o futuro. Cada cidade possuía um deus protetor. Os deuses gregos tinham sentimentos humanos, como invejas, cobiça, orgulho, ciúme e ódio, e pouco se diferenciavam dos seres humanos, apesar de serem representados como seres imortais.
Os deuses da mitologia grega podiam gerar filhos da união com mortais, nascendo assim os heróis ou semi-deuses.

-       Esparta

A cidade de Esparta, situada na Lacônia, Península do Peloponeso, foi fundada pelos dórios, que dominaram e escravizaram os povos vizinhos da Messênia e, para manter seus domínios, montaram uma estrutura organizada e isolada das demais cidades-Estado.
A economia espartana baseava-se essencialmente da agricultura e no artesanato. O comércio praticado por eles era mínimo comparado ao de Atenas.
O objetivo da educação espartana era formar bons soldados e cidadão leais a pólis. Por isso os espartanos valorizavam a formação física e militar em prejuízo do desenvolvimento espiritual e intelectual, embora também tivessem desenvolvido as letras, a música, o canto e a dança.
As mulheres também recebiam, desde a infância, rigoroso treinamento físico e psicológico, com o objetivo de prepará-las para serem mães e esposas de guerreiros. As espartanas tinham maior liberdade que as mulheres de outras cidades, pois podiam tanto participar de reuniões públicas como administrar o patrimônio familiar com seus maridos.
A sociedade espartana era constituída de três grupos sociais.
1. Os esparciatas, ou espartanos, cidadãos que descendiam dos antigos dórios e viviam sob rígida disciplina militar.
2. Os periecos, descendentes das populações dominadas pelos dórios; dedicavam se ao artesanato e ao comércio. Eram livres, mas nao tinham direitos políticos
3. Os hilotas, escravos do Estado que não tinham direitos e nenhuma lei que lhes oferecesse proteção.

- Atenas

A cidade de Atenas, fundada pelos jônios, situava-se no centro da planície Ática, às margens do Mar Egeu.
Como os solos pouco férteis da região não favoreciam a agricultura, os atenienses logo se voltaram para o mar e desenvolveram um ativo comércio no Mar Mediterrâneo.
No século VIII a.C., Atenas já era uma grande e poderosa cidade, governada por membros das famílias aristocráticas, os eupátridas(os bem-nascidos). Eles controlavam o poder da polis por meio de um conselho de nobres chamado aerópago, que instituía e interpretava as leis, e de um grupo de funcionários  conhecidos como arcontes.
Na escala social, logo abaixo dos eupátridas vinha o povo, formado por camponeses e pequenos proprietários. Em seguida  vinham os metecos – os estrangeiros - , que se dedicavam principalmente ao comércio e ao artesanato. No último nível da sociedade estavam os escravos, que em geral eram indivíduos capturados nas guerras ou que não conseguiam pagar suas dívidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário